segunda-feira, 7 de junho de 2010

Teologia da Prosperidade, será?

Fala galera, Graça e Paz a todos! Nesse texto vou abordar um tema um pouco polêmico a Teologia da Prosperidade como motivação da nossa “adoração” a Deus e darei minha opinião mais que sincera a respeito.

Essa “teologia” começou a ser pregada nos estados Unidos no início do século passado e basicamente prega a doutrina do “crente super-herói”, com muito dinheiro no bolso, saúde perfeita, muitos bens materiais entre outras coisas, levando a crer que se vc é “crente” e não se enquadra nesse perfil vc está “fora da visão”, possivelmente em pecado, sem fé ou autoridade espiritual e aqui fica minha primeira pergunta: - Em qual “reino” você está buscando êxito? Onde devemos concentrar nossos esforços, nesse reino material ou no Reino Espiritual? De fato ter bens e desfrutar deles é maravilhoso e pode sim, ser o que Deus quer pra mim ou pra você, mas isso não é uma regra e nem deve ser a motivação da nossa relação com Deus.

Dentro dessa linha surge algo deturpado que me incomoda muito, que são gerações e gerações de “adoradores” que “adoram” a Deus pelo que Ele pode dar, ao invés de “ADORÁ-LO” pelo que Ele É. A lógica dessa doutrina está invertida, está ERRADA! Quem somos nós pra “ordenar” a Deus que nos dê ou faça algo, para “cobrar” dEle bens, dinheiro, saúde ou qualquer outra coisa? Essa doutrina é uma afronta a essência de Deus. Nosso Pai merece ser adorado pelo que Ele é, nossa adoração a Ele deve ser desprendida de qualquer barganha, afinal Deus não precisa da nossa adoração, pois Ele está envolto em Glória e os anjos no céu o adoram incessantemente. Adorar a Deus é uma dádiva e o retorno disso muitas vezes não é palpável! A nossa adoração pode resultar em algo “terreno”? Talvez, mas não para que isso seja a nossa motivação. Creio que a contrapartida da nossa adoração deve ser nossa entrada no Céu e uma eternidade ao lado de Deus.

Paulo disse que tinha um “espinho na carne” e que pedira a Deus que o retirasse por três vezes, e a resposta de Deus para ele foi “a minha Graça te basta” (2 Coríntios 12:7-9), dentro da Teologia da Prosperidade Paulo no mínimo deveria ser um cara sem fé, em pecado, sem autoridade espiritual para reinvindicar as coisas no reino espiritual e torná-las realidade no mundo material. Por acaso alguém te a capacidade de dizer que Paulo era alguma dessas coisas?

Dentre os discípulos havia algum rico e abastado? Eles não tinha onde reclinar a cabeça. Alguém tem coragem de dizer que tinha algo errado com eles por causa disso? No evangelho de Lucas podemos ver por várias vezes expressões como “deixe tudo e siga-me”...

Jesus, nasceu de Pais humildes, em uma estrebaria e nunca teve nenhum “luxo” nessa Terra, mesmo sendo Filho do Dono dos Céus e Terra, será que havia algo errado com o próprio Jesus? Tenho certeza absoluta que não!

Para Arrematar de vez essa questão há uma parábola em Lucas 16:19-31 que trata sobre o Rico e Lázaro.

Ora, havia um homem rico, e vestia-se de púrpura e de linho finíssimo, e vivia todos os dias regalada e esplendidamente.
Havia também um certo mendigo, chamado Lázaro, que jazia cheio de chagas à porta daquele;
E desejava alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico; e os próprios cães vinham lamber-lhe as chagas.
E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico, e foi sepultado.
E no inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio.
E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama.
Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro somente males; e agora este é consolado e tu atormentado.
E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá passar para cá.

RIQUEZA NÃO SIGNIFICA VIDA COM DEUS NEM MUITO MENOS GARANTE SALVAÇÃO!

Acho que com esses argumentos bem simples podemos “ desmantelar” boa parte dos fundamentos dessa tal “teologia da prosperidade”.

Em resposta a primeira pergunta que fiz logo no começo do texto tenho a dizer que o Reino com o qual devemos gastar nossos esforços é o dos Céus! Se a sua motivação em adorar a Deus está nos melhores carros, salários, apartamentos, roupas e etc você deve rever seus conceitos enquanto há tempo. Não estou te dizendo para ser um miserável, nem que você deve entregar todos os seus bens, ou rejeitar as bênçãos materiais que Deus lhe conceder, mas estou te dizendo que seus bens não devem ser sua motivação, nem o seu “deus”, mas sim que a Deus deve ser ADORADO pelo que Ele É e não pelo que Ele pode dar.

Graça e Paz a Todos!